Nos últimos
torneios, os países-sede da Copa registraram um grande aumento de exploração
sexual: cerca de 30% na Alemanha, em 2006, e de 40% na África do Sul em 2010.
Soma-se a isso, o perfil do turista esperado no Brasil. Segundo
estudo realizado pelo Ministério do Turismo, o turista padrão é homem, solteiro,
tem até 34 anos, fez curso superior, possui renda familiar superior a R$ 20 mil
e em sua maioria se hospeda em hotel. Trata-se
de um turista potencialmente disponível ao turismo sexual.
Isso comprova a necessidade de todos os
brasileiros estarem atentos e protegerem os cidadãos mais vulneráveis contra o
risco de tráfico e de qualquer tipo de exploração. Na Igreja Católica duas
campanhas estão sendo realizadas nesta perspectiva.
A Campanha da Fraternidade, “É para liberdade
que Cristo nos libertou”, trata de denunciar o crime do tráfico de pessoas,
seja para fins de exploração sexual, trabalho escravo, venda de órgãos e de
bebês. Já a campanha “Jogue a favor da Vida”, promovida pela Rede Um Grito pela
Vida, membro da Rede Internacional da Vida Consagrada contra o Tráfico de
pessoas “Talitha KUM”, está atuando pela conscientização das pessoas a respeito das ilusões e falsas promessas
usualmente vinculadas a esses casos e para coibir os abusos e violações dos
direitos humanos durante a Copa do Mundo.
Um Grito pela Vida
A Rede “Um
grito pela vida” surgiu a partir da Plenária Internacional da UISG – União
Internacional das Superioras Gerais, realizada em Roma, em 2001, com a
participação de 800 religiosas dos diversos institutos e Congregações femininas.
No documento ao final do encontro, as religiosas declararam seu compromisso
contra o abuso e exploração sexual das crianças e das mulheres, em especial o
enfrentamento ao Tráfico de mulheres.
A partir dessa Plenária, e para concretizar este compromisso, a UISG em
parceria com OIM (Organização Internacional para Migração), organizou e
realizou, através das Conferencias Nacionais um programa de formação para
Religiosas sobre o tráfico de Pessoas realizado sucessivamente em Roma,
Nigéria, Romênia, Albânia, Tailândia e Santo Domingo. E 2006, foi a vez do
Brasil. Mais informações sobre a rede: http://gritopelavida.blogspot.com.br/
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