quinta-feira, 27 de março de 2014

O tráfico de pessoas e a Copa do Mundo

Nos últimos torneios, os países-sede da Copa registraram um grande aumento de exploração sexual: cerca de 30% na Alemanha, em 2006, e de 40% na África do Sul em 2010.
Soma-se a isso, o perfil do turista esperado no Brasil. Segundo estudo realizado pelo Ministério do Turismo, o turista padrão é homem, solteiro, tem até 34 anos, fez curso superior, possui renda familiar superior a R$ 20 mil e em sua maioria se hospeda em hotel. Trata-se de um turista potencialmente disponível ao turismo sexual.
Isso comprova a necessidade de todos os brasileiros estarem atentos e protegerem os cidadãos mais vulneráveis contra o risco de tráfico e de qualquer tipo de exploração. Na Igreja Católica duas campanhas estão sendo realizadas nesta perspectiva.
A Campanha da Fraternidade, “É para liberdade que Cristo nos libertou”, trata de denunciar o crime do tráfico de pessoas, seja para fins de exploração sexual, trabalho escravo, venda de órgãos e de bebês. Já a campanha “Jogue a favor da Vida”, promovida pela Rede Um Grito pela Vida, membro da Rede Internacional da Vida Consagrada contra o Tráfico de pessoas “Talitha KUM”, está atuando pela conscientização das pessoas a respeito das ilusões e falsas promessas usualmente vinculadas a esses casos e para coibir os abusos e violações dos direitos humanos durante a Copa do Mundo.

Um Grito pela Vida

A Rede “Um grito pela vida” surgiu a partir da Plenária Internacional da UISG – União Internacional das Superioras Gerais, realizada em Roma, em 2001, com a participação de 800 religiosas dos diversos institutos e Congregações femininas. No documento ao final do encontro, as religiosas declararam seu compromisso contra o abuso e exploração sexual das crianças e das mulheres, em especial o enfrentamento ao Tráfico   de mulheres. 
A partir dessa Plenária, e para concretizar este compromisso, a UISG em parceria com OIM (Organização Internacional para Migração), organizou e realizou, através das Conferencias Nacionais um programa de formação para Religiosas sobre o tráfico de Pessoas realizado sucessivamente em Roma, Nigéria, Romênia, Albânia, Tailândia e Santo Domingo. E 2006, foi a vez do Brasil. Mais informações sobre a rede: http://gritopelavida.blogspot.com.br/



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