quinta-feira, 6 de março de 2014

O bebê precisa de colo, carinho e olhos nos olhos

Ao nascer, o bebê enfrenta um ambiente completamente novo, sem a segurança, o calor e o aconchego a que estava acostumado na barriga da mãe.  Nesse período é muito importante ele receber muito carinho para se sentir seguro e protegido. O carinho em abundância não “estraga” o bebê como muitos ainda acreditam; colocar o bebê no colo quando ele chora também não vai fazer com que ele fique mimado. Toques delicados, palavras suaves, olhar nos olhos faz o bebê se sentir seguro e contribuirá para torná-lo um adulto menos ansioso.
Esses ensinamentos fazem parte da formação do líder da Pastoral da Criança e precisam ser ensinados às mães. Também são orientações do médico Wolmar Carregozi, que divulgou uma pesquisa feita nos Estados Unidos onde se comprovou a importância do relacionamento mãe e bebê para a saúde emocional do adulto.
“O bebê comunica suas necessidades, principalmente pelo choro. Ele chora de fome, de dor, de frio ou de calor, pedindo aconchego e porque está molhado. Ao ser atendido aprende que alguém cuida dele” (Guia do Líder da Pastoral da Criança).

“O choro é um jeito do bebê se comunicar, Pegar o bebê no colo e verificar porque ele chora não o acostuma mal. Bebê que não é atendido quando chora, geralmente se torna mais chorão. Se sente que alguém cuida dele, fica mais tranqüilo”, ensina a Pastoral, destacando que “o colo é uma demonstração de amor”.
            O afeto tem efeito a longo prazo...

Carinho da mãe gera adultos com melhor saúde emocional 
Autor: Wolmar Carregozi, da BBC Brasil (www.acessemed.com.br)

Um estudo feito nos Estados Unidos indica que pessoas que recebem carinho em abundância de suas mães quando bebês são mais capazes de lidar com as pressões da vida adulta. A pesquisa, divulgada pela publicação científica Journal of Epidemiology and Community Health, foi feita com 482 moradores do Estado americano de Rhode Island (nordeste do país), que foram avaliados quando crianças e na vida adulta.
Os cientistas disseram que os abraços, beijos e declarações de afeto da mãe aparentemente têm efeito em longo prazo e tendem a gerar um vínculo sólido com o bebê, contribuindo para a saúde emocional das pessoas.Segundo os pesquisadores, o vínculo sólido entre mãe e bebê não apenas diminui o estresse da criança como também a ajuda a desenvolver recursos que a auxiliarão em suas interações sociais e na vida de maneira geral.

Nota para a afeição

Como parte do estudo, psicólogos avaliaram a qualidade das interações entre mães e seu bebê de oito meses durante uma consulta de rotina.
Do total de 482 casos, uma em cada dez mães apresentou níveis baixos de afeição em relação ao bebê. A maioria (85%, ou 409 mães) demonstrou níveis normais de afeição, e 6% (27) mostraram níveis bastante altos.Trinta anos mais tarde, os pesquisadores entraram em contato com as crianças, agora adultos, e as convidaram a participar de uma pesquisa sobre seu bem-estar e emoções.
Eles preencheram questionários que incluíam perguntas sobre sintomas específicos, como ansiedade e hostilidade, e também sobre níveis gerais de estresse.Também foi perguntado aos participantes se eles achavam que suas mães tinham lhes dado afeto, com respostas variando entre “concordo enfaticamente” e “discordo enfaticamente”.

Afeto contra o estresse

Ao analisar os dados, os pesquisadores verificaram que as crianças cujas mães se mostraram mais afetuosas aos oito meses de idade apresentavam os menores índices de ansiedade, hostilidade e perturbação geral.
A equipe de pesquisadores concluiu que crianças que receberam grandes doses de afeição das mães se revelaram mais capazes de lidar com todos os tipos de estresse. Em particular, participantes cujas mães eram calorosas pareceram lidar melhor com a ansiedade do que os que tinham mães frias.
“É surpreendente que uma observação rápida do calor maternal na infância esteja associada com perturbações nos filhos 30 anos mais tarde”, disseram os autores do estudo. A equipe acrescenta, no entanto, que a influência de outros fatores, como personalidade, criação e escolaridade, não pode ser excluída.




Nenhum comentário:

Postar um comentário