A relação mãe/bebê se constrói
desde a descoberta da gravidez. Quando nasce uma criança, existem várias expectativas,
medos e desejos em relação a esta criança. Uma delas é a amamentação no seio. Inicialmente a mãe tem de descobrir qual a
melhor forma de envolver e estar com seu bebê.
O aleitamento no seio é um momento único de fortalecer laços, de encontro
entre a mãe e seu bebê. É no toque, no segurar o bebê, na forma de olhá-lo que
este bebê vai se reconhecer e se constituir como ser humano, como pessoa que se
sentiu inteira e amada no colo da mãe.
Para que isso ocorra é
fundamental que as pessoas circundantes, parentes e cuidadores, permitam que a
mãe e o seu bebê estabeleçam esse laço no seu ritmo e dentro das
características de cada um, sem muitas ansiedades ou interferências. O ambiente
deve ser tranquilo, sem ruídos ou muita movimentação. É importante que o bebê
esteja com as mãozinhas livres e que possa tocar a mãe. Qualquer dificuldade deve ser enfrentada sem
que se force nada, o sucesso da amamentação depende desse encontro mãe-bebê genuíno,
da possibilidade de um movimento que é natural a toda mãe. “Reflexos de tudo
isso poderão surgir em fases ulteriores das experiências infantis”.
O pai deve participar desse
processo estando presente e apoiando a mãe no que ela precisar, neste momento
ele é muito mais importante como apoio emocional para a mãe do que para o
bebê. É um grande encontro amamentar o
filho e somente através da experiência é possível vencer as dificuldades que
podem surgir. “A longo prazo, o que
precisamos é de mães - e de pais – que
tenham descoberto como acreditarem em si próprios. Essas mães e seus maridos
edificam os melhores lares onde os bebês podem crescer e desenvolver-se.”
Fonte: Livro “A criança e seu mundo” de D.
W. Winnicott
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