segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Encontro sobre Epilepsia

A Liga Acadêmica de Epilepsia da UFMG irá promover no dia 29 de outubro um encontro de capacitação sobre esta temática.
A epilepsia é um disturbio de origem cerebral causado pela predisposição a gerar crises epiléticas, psicológicas e sociais.
Esperamos que este encontro possa ser sinal de transformação nas opiniões  formadas à respeito deste assunto com isso acabando com os pré-conceitos.

Local do encontro: 

CENTRO DE EVANGELIZAÇÃO VILA FÁTIMA
Batistinas

Rua Pedro Leopoldo, 2300 – Vila Fátima - Justinópolis - Ribeirão das Neves

Telefone: (31) 3638-1577
Horário: a partir da 14 horas

Vamos comemorar o Dia da Criança! Como?

O Vigário Episcopal para a Região de Brasilândia, bispo auxiliar Dom Milton Kenan Junior, faz uma importante reflexão sobre a situação das crianças no Brasil, muitas delas privadas de seus direitos e necessidades básicas e ressalta o trabalho das pastorais na busca de mais qualidade de vida.

No último dia 27 de agosto, em diversas partes do Brasil foram lembrados e reverenciados dois grandes bispos: Dom Hélder Câmara e Dom Luciano Mendes de Almeida; cujos nomes estão intimamente ligados à luta pela democracia e a defesa da justiça, em tempos difíceis, nas terras brasileiras.
Dom Luciano, por muitos anos Bispo Auxiliar de São Paulo e depois Arcebispo de Mariana-MG, deixou à Igreja do Brasil um enorme legado de fé, de compromisso com os mais pobres e testemunho de esperança. Viveu seu episcopado na esteira dos grandes padres da Igreja, que souberam unir a transmissão da fé, a defesa da Verdade e a paixão pela Justiça!
Entretanto, é sempre importante ressaltar que entre as muitas causas que Dom Luciano abraçou, com amor de pai e pastor foi a causa das crianças e adolescentes em situação de desamparo e risco, vítimas indefesas de um mundo frio e desigual, incapaz de reconhecer e respeitar a vida que nasce.
Ao iniciar o mês de outubro, há um grande movimento para a comemoração do Dia da Criança, que coincidentemente (ou providencialmente) ocorre no Dia da Padroeira do Brasil. É tempo de nos perguntarmos: onde estão as nossas crianças? Mais do que deixar-se arrastar pela onda avassaladora da propaganda comercial que visa a cada ano superar metas e bater recordes de venda, é momento de olhar para as crianças e adolescentes colocados em situação de risco, expostos à opinião pública muitas vezes manipulada pelas notícias rápidas dos telejornais que, se não distorcem a verdade dos fatos, nem sempre dizem toda a verdade.
Hoje, não é difícil ler nas entrelinhas das notícias o clamor de centenas de milhares de jovens, crianças e adolescentes, vítimas da violência, do tráfico, do crime organizado, sem acesso à escola com qualidade, ao lazer e divertimento, vivendo em condições precárias, muitos deles obrigados a enveredar pelo caminho do crime e da prostituição como forma de superar a fome e ludibriar a aflição de suas famílias desprovidas de tudo. O Documento de Aparecida alerta: “A situação precária e a violência familiar com frequência obriga muitos meninos e meninas a procurarem recursos econômicos na rua para sua sobrevivência pessoal e familiar, expondo-se, também, a graves riscos morais e humanos” (Dap 409).
No clamor silencioso e angustiante em que vivem centenas de milhares de meninos e meninas que cumprem medidas socioeducativas, privados de liberdade em instituições educacionais - muitos deles vítimas de maus tratos, espancamentos, esquecidos nos abrigos; outros, ainda, expostos pela mídia à condenação da opinião pública, como foi o caso das meninas da Vila Mariana, noticiado nestes últimos meses - está a voz do Cristo que sofre nos pequeninos. 
É em vista da difícil realidade que vivem estas crianças e adolescentes que as ações da Pastoral da Criança e da Pastoral do Menor, tendo como referência necessária e absoluta o Estatuto da Criança e do Adolescente (neste ano comemora-se os 20 anos da sua aprovação), nos enchem de esperança.
Na busca da transformação dessa realidade e com o objetivo de garantir o Direito da Criança e do Adolescente, vale ressaltar a iniciativa de toda a Arquidiocese de São Paulo no processo de eleição para os Conselhos Tutelares, que se realizará no próximo dia 16 de outubro, na cidade de São Paulo, e que nos leva a vislumbrar um novo horizonte para as nossas crianças!
Graças ao apoio da Equipe de Articulação em Defesa da Criança e Adolescente, constituída por membros do CLASP, e das Pastorais da Criança, do Menor, da Juventude, e Fé e Política; em parceria com a Diocese de Santo Amaro, foram realizados, nestes últimos meses: encontros com pré-candidatos; fórum de debate e discussão com a sociedade civil; folder explicativo; o encaminhamento das listas de locais de votação e candidatos classificados por regiões episcopais, para todas as paróquias da Arquidiocese, a fim de facilitar o acesso aos locais e a identificação dos candidatos ligados às comunidades católicas. Todas essas articulações revelam o compromisso efetivo da Igreja que acredita no futuro para as crianças do Brasil!
Na cidade de São Paulo, neste ano de 2011, o Dia da Criança desdobra-se no dia 12, com todas as suas comemorações e, no dia 16, com a eleição dos membros dos Conselhos Tutelares, compromisso de todos com as crianças e adolescentes, os mais expostos e frágeis, necessitados do socorro da sociedade.
Destaco, ainda, a iniciativa da Cáritas e da Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo com a Campanha “Solidariedade África – O Amor não tem fronteiras”. Uma campanha que visa a educação para a solidariedade, em que as crianças paulistanas das comunidades, escolas católicas e entidades sociais de nossas paróquias demonstram sua sensibilidade para com as crianças da Somália e países da Região Noroeste da África, assolados pela seca e pela fome, onde milhares de pessoas morrem diariamente.
Gestos como esses demonstram que a comemoração do Dia da Criança, para muitos, não se limita numa única data, mas sim a todos os dias do ano, através de gestos pequenos à primeira vista, mas carregados de significado e consequências.
Vamos comemorar sim o Dia da Criança! Lembrando que milhares de crianças esperam por nossa solidariedade, e nosso compromisso em construir um mundo de justiça e paz.

Dom Milton Kenan Junior
Bispo Auxiliar de São Paulo , Vigário Episcopal para a Região Brasilândia

sábado, 8 de outubro de 2011

Pastoral da Criança do Pará participa III Conferencia Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional


aparaconferencia
A Pastoral da Criança do Pará participou da 3ª Conferencia Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional que aconteceu no Hangar nos dias 27 a 29 de outubro de 2011.
Para divulgação das Ações  Básicas e das campnahas a Pastoral da Criança teve um stand diversificado com a organização dos líderes voluntários e fez parte da Mesa Redonda com participação da coordenadora Estadual Irmã Veneranda Alencar que partilhou as experiências de utilização da alimentação saudável com incentivo da Ação Hortas Caseiras.
A líder Francidalva Silva da Diocese de Bragança-PA, foi eleita para representar a  Pastoral da Criança na 4ª Conferencia Nacional.
Irmã Veneranda Alencar
Missionária de Santa Teresinha
Coordenadora Estadual da Pastoral da Criança

São Francisco de Assis: o Jovem amante dos pobres que foi chamado de louco!


Hoje se celebra a festa do Santo da Fraternidade Universal: São Francisco de Assis! Como franciscana quero desejar minha saudação de PAZ e BEM a todos e a todas transcrevendo e comungando com a reflexão e a mensagem de um grande amigo franciscano, hoje, diretor do Santuário Santo Antônio no Rio de Janieiro, Frei Vitório Mazzuco (OFM).
Um grande abraço na ternura e no vigor!
Ir. Núbia Maria da Silva
Ação Comunicação Popular da Pastoral da Criança
afrancisco
São Francisco de Assis! Um dia acharam que aquele jovem estava louco; que se fez pobre porque queria viver um tipo de mendicância para impactar;  que rompeu com o pai por rebeldia e que passou a andar com os bichos por estar decepcionado com gente... 
Não era nada disto!
O que aconteceu é que ele ficou Louco de Amor; percebeu que um Caminho Espiritual vale mais do que todo acúmulo material; que não podia ficar na casa de seu pai, pois um filho sempre tem que sair para aprender uma eterna permanência; que os bichos eram nossos irmãos, criaturas entre todas as criaturas.
Aquele jovem fez um alvoroço em Assis e hoje o mundo tem certeza de que ele é alguém de muita alegria. Não era um monge triste, mas um peregrino que ri; não era um cavaleiro derrotado, mas um sonhador invencível.
Aquele jovem entendeu que no Evangelho tem um Deus PRESENTE e que o melhor modo de viver  a vida é desembrulhar este PRESENTE com curiosidade e encantamento de criança, e vestir, usar, brincar, mostrar, contemplar e não largar mais este  PRESENTE que serve direitinho na justa medida!
Texto:
Vitório Mazzuco OFM
Foto:
Tirada por Frei Vitório Mazzuco.....momento mágico da sua chegada em São Damião...

Estatuto do Nascituro é aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família


A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou, na noite de ontem, 19, o substitutivo da deputada Solange Almeida (PMDB-RJ) ao Projeto de Lei 478/07, dos deputados Luiz Bassuma (PT-BA) e Miguel Martini (PHS-MG), que cria o Estatuto do Nascituro. Em seu substitutivo, a deputada define que a vida começa na concepção. Nascituro é o ser humano concebido, mas ainda não nascido. Este conceito inclui os seres humanos concebidos "in vitro", mesmo antes da transferência para o útero da mulher.
Por acordo entre os deputados da Comissão, a deputada elaborou uma complementação de voto para ressaltar que o texto aprovado não altera o Artigo 128 do Código Penal, que autoriza o aborto praticado por médico em casos de estupro e de risco de vida para a mãe.

No caso de estupro, o substitutivo garante assistência pré-natal, com acompanhamento psicológico para a mãe; e o direito de ser encaminhado à adoção, caso a mãe concorde. Identificado o genitor do nascituro ou da criança já nascida, este será responsável por pensão alimentícia e, caso ele não seja identificado, o Estado será responsável pela pensão.

O projeto também garante ao nascituro sua inclusão nas políticas sociais públicas que permitam seu desenvolvimento sadio e harmonioso, e seu nascimento em condições dignas.

Ao nascituro com deficiência, o projeto garante todos os métodos terapêuticos e profiláticos existentes para reparar ou minimizar sua deficiência, haja ou não expectativa de sobrevida extra-uterina.

Na avaliação dos autores da proposta, o Estatuto vai garantir ao nascituro direito à vida, à saúde, à honra, à integridade física, à alimentação, e à convivência familiar. O projeto original proíbe a manipulação, o congelamento, o descarte e o comércio de embriões humanos, com o único fim de serem suas células transplantadas para adultos doentes - práticas consideradas "atrocidades" pelos autores da proposta. O substitutivo retirou essa proibição.
A deputada rejeitou os projetos de lei 489/07 e 1763/07, apensados. O projeto será votado também pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário da Câmara.
Fonte: Agência Câmara

Semana Nacional da Vida e do Nascituro


De 1º a 7 de outubro a Igreja Católica comemora a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro. “Vida Humana no Planeta” é tema deste ano. A ação faz parte da dinâmica de defesa da vida e começou a ser celebrada bem antes de sua oficialização pela CNBB, em 2005. O foco é a defesa da dignidade, da humanidade, e da a originalidade do embrião, do feto, do nascituro.
De acordo com a Pastoral Familiar, a atividade complementa a luta pela ecologia, pelos pobres, contra a fome, pela inclusão social, contra as injustiças e desigualdades. É um mutirão pelo cuidado e atenção com as gestantes e a educação para o amor convocando namorados, noivos e casais a serem promotores da vida. Segundo os organizadores, o direito à vida precede quaisquer outros direitos. Todas as culturas reconhecem o valor inviolável da vida.
Saiba Mais:
Porque a Semana Nacional da Vida e Dia do Nascituro?
A Semana da Vida é uma ocasião especial para colocar em evidência o valor e a beleza desse dom precioso que recebemos de Deus. De modo especial para salientar o valor sagrado da vida humana e da sua dignidade, sem nos esquecermos de todas as demais dimensões que esta abrange. Diante de tantas ameaças que atualmente a vida vem sofrendo é nossa missão reafirmar sua importância inestimável. Ela é o fundamento sobre o qual se apoiam todos os demais valores.
Mas quem é o Nascituro?
É aquele ser humano que está no ventre materno antes que a mãe lhe dê à luz. Este possui o direito de ser respeitado na sua integridade. Tem dignidade como a de qualquer pessoa já nascida.
Por que motivo a vida é um bem?
No homem, criado à imagem e semelhança de Deus, reflete-se, em cada fase da sua existência, “o rosto do seu Filho Unigênito… Este amor ilimitado e quase incompreensível de Deus pelo homem revela até que ponto a pessoa humana seja digna de ser amada por si mesma, independentemente de qualquer outra consideração: inteligência, beleza, saúde, juventude, integridade, etc. Numa palavra, a vida humana é sempre um bem, porque “ela é, no mundo, manifestação de Deus, sinal da sua presença, vestígio da sua glória” (cf. Evangelium vitae, 34; Dignitas Personae, 8).
Assistimos hoje a novos desafios que nos pedem ser voz dos que não tem voz. A criança que está crescendo no seio materno e as pessoas que se encontram no ocaso de suas vidas, são exigências de vida digna que grita ao céu e que não pode deixar de nos estremecer. (DA 467).
Como Discípulos Missionários, somos chamados para defender e promover a Vida humana no Planeta.
Como a Pastoral da Criança atua em favor do Nascituro?
Entre as ações da Pastoral da Criança está o apoio integral às gestantes pobres ou em situação de risco. Atualmente, a entidade acompanha mais de 85 mil gestantes em 4.117 municípios de todos os estados brasileiros.
A Pastoral da Criança durante o ano promove "mutirões em busca das gestantes" nas quase 43 mil comunidades acompanhadas. Durante o mês que acontece o mutirão, os líderes comunitários vão identificar as gestantes e convidá-las a participar da Pastoral da Criança. O acompanhamento das gestantes é uma das prioridades da Pastoral da Criança. Entre as principais causas de mortalidade infantil estão as afecções neonatais (27%), que poderiam ser evitadas com um pré-natal de qualidade e orientação às mães sobre saúde, higiene, nutrição e cidadania.
Mensalmente, mais de 131 mil líderes comunitários acompanham 1,2 milhão de famílias e 1,5 milhão de crianças menores de seis anos nas comunidades pobres do Brasil. O objetivo é o desenvolvimento integral das crianças, desde a sua concepção, em seu contexto familiar e comunitário, a partir de ações preventivas e baseadas na multiplicação de conhecimento e solidariedade.
Colaboração: CNBB Sul4

Ações da Pastoral da Criança contribuem para diminuir desnutrição


O país recorda o Dia de Combate à Desnutrição, nesta segunda-feira, 29, com sensação de vitória. A desnutrição infantil aguda, entre crianças de zero a cinco anos, diminuiu 90% nos últimos 30 anos, segundo o estudo Saúde Brasil 2009, divulgado pelo Ministério da Saúde, em dezembro do ano passado. Os dados também apontam a redução de 70% dos casos de desnutrição crônica, nesta mesma faixa etária.

De acordo com o médico epidemiologista e coordenador adjunto da Pastoral da Criança, Dr. Nelson Arns, a evolução da escolaridade da mãe, investimentos na prevenção de doenças, saneamento básico e a melhoria na renda das famílias foram questões imprescindíveis para diminuir a desnutrição no país.
A Pastoral da Criança, criada em 1983, pela médica Zilda Arns, começou um trabalho de acompanhamento de crianças desnutridas e de suas respectivas famílias, o que contribuiu para vencer o problema.
"O fato da mãe ter condições para estudar, e assim, conhecer os mecanismos da doença, permitiu que ela cuidasse melhor do seu filho, e a Pastoral ajudou a suprir essa lacuna na formação da mãe", explica o coordenador.
Outro aspecto importante foi que a Pastoral da Criança conseguiu provar que era possível evitar doenças na comunidade, investindo na prevenção e ensinando às mães métodos simples para cuidar da saúde dos filhos.
Embora a desnutrição não tenha sido extinguida, Dr. Nelson explica que ao contrário do que se via no passado - onde todos passavam fome e era necessário combater o problema de forma coletiva -, atualmente os casos são mais específicos de famílias que não tem condições.
"[Atualmente] é mais uma questão pontual e de falta de solidariedade para ajudar essa familia que tem dificuldades, do que um problema de desnutrição por falta de comida", ressalta.
Outro fator é a questão da saúde das crianças. Segundo o médico, ao começar a acompanhá-las, é preciso verificar se há alguma doença que esteja impedindo seu bom desenvolvimento, como problemas cardíacos ou problemas de absorção dos alimentos.

Desnutrição no ventre materno

Segundo Dr. Nelson, atualmente outro tipo de desnutrição está preocupando os médicos, é a que acontece durante a gestação. Ele conta que, recentemente, participou de um Congresso Internacional de Epidemiologia, que abordou esse assunto.
"Lá se falou que a desnutrição na barriga da mãe tem um efeito muito forte sobre o futuro da criança. Se a criança passa um pouco de fome na barriga da mãe, ela nasce com menos células no fígado, nos rins, no pulmão e com isso será um adulto que vai ter muito mais problemas cardíacos, problema renal, doença crônica e problemas metabólicos", destaca.
O fato triste, para o médico, é que essas crianças estão nascendo com desnutrição, não por falta de comida, mas sim porque muitas mães optam por não engordar na gestação. "Como se manter a estética fosse mais importante do que o resultado final sobre o bebê", enfatiza.
O médico esclarece que, no mínimo, a mãe precisa engordar nove quilos durante a gestação. Isso é necessário até, para que depois do nascimento, o bebê tenha uma reserva de nutrientes, que ganhará da mãe durante a amamentação.
Outro fator que causa essa desnutrição é quando a mãe é fumante. "Está mais do que provado que o cigarro diminui o peso da criança e prejudica sua nutrição dentro da barriga", enfatiza o médico.
Dr. Nelson elucida porque isso acontece: "Vamos entender assim: o cigarro é um veneno que passa pelo cordão umbilical para a criança e, para tentar proteger o bebê desse veneno, o cordão umbilical fica mais estreito, para passar menos sangue e menos veneno para a criança. Só que com isso o bebê recebe menos nutrientes e começa a passar fome. E isso vai prejudicar o funcionamento do seu organismo pelo resto da vida".

Obesidade infantil

Um problema que tem aumentado de forma preocupante, no Brasil, é a obesidade infantil. O médico explica que, muitas vezes, o sobrepeso é visto como se fosse "culpa" da pessoa, por ela estar comendo demais ou fazendo pouco exercício, mas essas não são as únicas causas. A desnutrição durante a gestação e uma má amamentação também contribuem para a obesidade.
Dr. Nelson salienta que foi feito um estudo interessante na Inglaterra, onde crianças que nasceram prematuras e que as mães optaram por não amamentar, foram acompanhadas por 14 anos. Algumas dessas crianças foram alimentadas com leite de lata e outras através do banco de leite materno.
"Aquelas crianças que receberam, enquanto estavam no hospital, o leite materno, aos 14 anos de idade, tinham muito menos diabetes, pressão alta e sobrepeso", afirma.
Isso mostra que a amamentação também interfere no futuro da criança. "Esse aleitamento materno nos primeiros meses de vida já decide como é que o adolescente vai ser. A maior parte desses problemas é consequência dos cuidados na gestação e no aleitamento materno logo depois do nascimento", diz.
Mas se a criança não recebeu uma boa nutrição na barriga da mãe ou não foi amamentada como deveria, a Pastoral da Criança destaca outro caminho para evitar a obesidade infantil. "A criança precisa de uma dieta muito balanceada - frutas e verduras, e precisa também ter um espaço seguro para brincar".
Dr. Nelson ressalta que a pastoral está sugerindo que os pais pensem, em algum horário, se possível todos os dias, para que as crianças possam brincar ao ar livre, com outras crianças. "Com isso a criança fica muito mais feliz por ter interação com outras crianças, chega em casa cansada, tem o que contar e dorme melhor", salienta.

Fonte: Portal Canção Nova
Kelen Galvan, da Redação

Pastoral da Criança reforça ações de prevenção da obesidade infantil



A desnutrição infantil crônica, entre crianças de zero a cinco anos, diminuiu 90% nos últimos 
30 anos, segundo o estudo Saúde Brasil 2009 (Ministério da Saúde). As ações da Pastoral 
da Criança que, em 28 anos de atividades, contribuíram significativamente para a redução 
desses índices no país agora estão voltadas também à prevenção da obesidade infantil – 
problema que tem aumentado e preocupa as autoridades da área da saúde pública.
Projetos pilotos que estão sendo desenvolvidos nas cidades de Maringá e Cascavel (Paraná) 
reforçam as ações iniciadas há alguns anos. “A partir dos resultados avaliados nessas cidades 
estamos definindo a nova estratégia de vigilância nutricional para enfrentar a obesidade em outras 
comunidades pobres do país”, informa o médico epidemiologista Nelson Arns Neumann, 
coordenador nacional adjunto da Pastoral da Criança.
Além de pesar as crianças, a Pastoral da Criança vai medir a altura. Com a idade, peso e altura é 
possível saber o Índice de Massa Corporal (IMC) adequado para a idade da criança. As famílias 
são orientadas pelos voluntários da Pastoral da Criança sobre uma alimentação mais saudável em 
casa. Aprendem sobre as riquezas e o aproveitamento dos alimentos regionais e de baixo custo,
 como manter hortas domésticas e formas para combater o sedentarismo.
Obesidade também atinge os mais pobres
Há uma forte tendência de que a obesidade migre dos mais ricos para os mais pobres, de acordo 
com Carlos A. Monteiro, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da 
Universidade de São Paulo. Uma das razões é o acesso dos mais pobres às farinhas e açúcar. 
Os alimentos com menos densidade energética são mais caros. Outros fatores de grande
 relevância citados por Monteiro, a partir da publicação do Vigitel Brasil 2009 (Vigilância 
de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), são
ligados aos hábitos alimentares, estilos de vida e comportamento, como o sedentarismo.
A prevenção da obesidade deve ter como aliados o consumo de frutas, hortaliças, feijão e a 
atividade física. A Pastoral da Criança entende ser o brincar uma atividade necessária ao 
desenvolvimento infantil. A ação, incentivada entre as famílias acompanhadas pela entidade,
tem o objetivo de aumentar o interesse pelos brinquedos e brincadeiras e pelas atividades de
lazer nas comunidades.
Alimentação da criança ainda no ventre materno
Nelson lembra ainda que a alimentação da criança ainda no ventre materno e nos primeiros dias e 
meses de vida tem grande efeito sobre o metabolismo da criança. Cita como exemplo a pesquisa de 
Alan Lucas, do Instituto da Criança de Londres, que acompanhou crianças do nascimento aos 14
anos de vida: as crianças amamentadas com leite materno apresentaram na adolescência menos
hipertensão arterial, diabetes e obesidade.
Durante o crescimento humano normal, o desenvolvimento dos órgãos de baixa prioridade, como o
 pulmão e rins, é "negociado" para proteger os órgãos de alta prioridade, especialmente o cérebro, 
conforme exposições realizadas durante o Congresso Mundial de Epidemiologia, em Edimburgo 
(Escócia), em agosto deste ano. Segundo investigações recentes, as associações entre o 
crescimento inicial e doenças tardias se estendem através do crescimento fetal e infantil. 
Portanto, o foco inicial para as ações da Pastoral da Criança deve sempre priorizar a saúde 
e a nutrição das gestantes e das crianças.
Assessoria de Comunicação
Coordenação Nacional da Pastoral da Criança

MORTALIDADE MATERNA


Quando a esperança vira riscoNúmero de vítimas de complicações da gravidez em BH aumenta 53% em um ano, puxado pelo crescimento das mortes nas redes particular e filantrópica

Valquiria Lopes
Publicação: 08/10/2011 04:00
 (Sxu)

Ao lado da preparação do enxoval e de todos os cuidados, mudanças e apreensões que envolvem a chegada de um bebê, as grávidas de Belo Horizonte têm um motivo a mais para se preocupar. O número de mortes de mães vítimas das complicações da gravidez, parto ou nos 42 dias que sucedem o nascimento, período conhecido como puerpério, aumentou em 53% na cidade entre 2009 e 2010, e se mantém alto em 2011 (11 mortes até agosto). No ano passado, foram 23 óbitos de mulheres até 49 anos nessas circunstâncias, 14 delas em hospitais do Sistema Único de Saúde e nove na chamada rede suplementar, formada por instituições particulares e filantrópicas. Essa elevação, puxada sobretudo pelos episódios ocorridos fora da rede conveniada ao SUS (veja quadros), se refletiu na taxa de mortalidade materna, projetada para um total de 100 mil crianças nascidas vivas: o índice da capital saltou de 50/100 mil para 74,3 grávidas mortas para 100 mil bebês nascidos vivos.

O número está ligeiramente abaixo da média nacional, de 75 mortes maternas para 100 mil nascimentos, mas muito acima do tolerado pela Organização Mundial de Saúde, de 20 óbitos/100 mil, e dos índices registrados em países como a Irlanda, que atingiu a marca de oito mortes para o mesmo número de partos em 2008.  Segundo a coordenadora da Comissão Perinatal da Secretaria Municipal de Saúde, Sônia Lansky, os dados são preocupantes diante das oscilações anteriores na taxa, que se mantinha entre 40 e 50 óbitos/100 mil nascidos vivos. Para ela, a situação representa um grande desafio para o serviço de saúde. 

Sônia Lansky sustenta que a rede SUS dispõe de recursos, tecnologia, conhecimento, faz treinamento do quadro de recursos humanos e dispõe de protocolos de atendimento. No entanto, a observância das práticas definidas como padrão deve ser aprimorada. “Durante o pré-natal, o parto e no puerpério, a mulher precisa ser bem acompanhada e, para isso, a relação entre o profissional e a paciente precisa melhorar. É preciso valorizar a queixa da usuária e oferecer o melhor e mais adequado serviço a ela, tudo  em tempo hábil”, aconselha. Conforme Sônia, mudar essa relação com a paciente ainda é um desafio tanto para a rede pública quanto para a particular, mas essa preocupação vem sendo abordada por meio de capacitações e programas de humanização do SUS. 

Sobre o fato de mais da metade das 23 grávidas que morreram em 2010 serem negras e solteiras, a coordenadora sustenta que aspectos como relações de poder e tratamemento mais adequado à educação sexual na juventude também estão sendo trabalhados na rede pública. Quanto à iniciativa privada, a especialista pondera que muitas unidades ainda não têm protocolos de saúde definidos e cada equipe médica tem uma forma de atendimento.

Conforme a coordenadora do Programa de Sobrevivência e Desenvolvimento Infantil do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Cristina Albuquerque, o Brasil tem melhorado a notificação dos óbitos, o que também pode se refletir no aumento das notificações. No entanto, o país ainda precisa se empenhar muito, segundo ela, para atingir a meta global assinada junto à Organização das Nações Unidas (ONU) por diversos países em 1990, que prevê atingir a taxa de 35 óbitos/100 mil nascidos vivos. “O país está fazendo um grande esforço. Já melhorou o pré-natal, o acesso e a qualidade do serviço, mas ainda precisa evoluir ”, diz. 

DIREITO Por outro lado, Sônia Lansky adverte que a mulher também precisa procurar os serviços aos quais ela tem direito, para  ter uma gravidez tranquila. “Não há problema de acesso à rede pública. Não falta atendimento”, assegura. A afirmativa é reforçada por futuras mães como a doméstica Eliene Torres Silva, de 40 anos, grávida de cinco meses. “Moro em Ribeirão das Neves (Grande BH), mas faço meu pré-natal em Belo Horizonte. Desde que soube da gravidez, comecei o acompanhamento e já passei por várias consultas e exames. Os resultados mostraram que está tudo bem”, contou, com um sorriso largo no rosto.

A dona de casa Edneia dos Reis, de 20, grávida de cinco meses, também não abriu mão de manter o controle da gestação. “Fiz exames de sangue, urina, ultrassom e passei por um grande interrogatório de saúde.” No entanto, ela afirma que na gravidez da primeira filha presenciou enfermeiras tratando mal grávidas que gritavam de dor durante o parto. “Uma delas teve o filho na cama onde aguardava para ir para o bloco cirúrgico”, contou.

Entre as causas de infecções que podem resultar em morte pós-parto, a coordenadora da Comissão Perinatal da Secretaria de Saúde lista ainda a opção pela cesariana, em detrimento do parto normal. “Das 23 mortes registradas no ano passado, verificou-se que em dois casos não havia indicação para a operação. Em gestações posteriores a cesarianas, o risco de hemorragias aumenta, porque a placenta volta a se acomodar de forma anormal. As mulheres precisam melhorar a informação sobre os benefícios d o parto natural”, diz. Na gravidez do segundo filho, Eliene diz que não quer repetir a cirurgia do primogênito, feita há 20 anos. “No parto normal a recuperação é bem mais rápida. Não tenho restrições para fazê-lo”, afirma. 


Óbitos maternos

Causas                           2006    %    2010    % 
Complicações no aborto    5    33,3    3    13
Síndromes hemorrágicas    4    26,7    2    8,7
Sindromes hipertensas      1    6,7    6    26,1
Infecção puerperal             1    6,7    1    4,3 
Cardiopatias                      0    0    3    13
Tromboembolismo             0    0    2    8,7
Outras                              4    26,7    6    26,1 
Total                                15    100    23    100 

Mortes maternas No sistema público e suplementar 

     2006     %     2007     %     2008     %     2009     %     2010     %
SUS    13    86,7    11    84,6    14     87,5    10    66,7     14    60,9 
Suplementar     2    13,3    2     15,4    2    12,5    5    33,3    9    39,1
Total    15    100    13    100    16    100    15    100    23    100 
Fonte: Comitê de Prevenção do Óbito Materno, Fetal e Infantil

sábado, 24 de setembro de 2011

Antibiótico: Primeira Dose Imediata


Crianças com suspeita de pneumonia precisam receber o antibiótico o quanto antes!


Médicos e profissionais de enfermagem devem garantir que a primeira dose de antibiótico seja dada ainda no posto de saúde e instruir os pais a darem todas as doses corretamente em casa.

A pneumonia é uma infecção respiratória grave. Se a criança não receber o tratamento certo e a tempo, pode morrer. Por isso quando a criança apresentar algum sinal de infecção respiratória, a mãe, pai ou  familiar deve ser orientado para que:
  •   leve ao médico o mais rápido possível;
  •   continue a amamentar;
  •   dê os medicamentos na dose, nos horários e pelo tempo recomendado pelo médico;
  •   volte ao serviço de saúde no dia marcado ou a qualquer momento, se o bebê não apresentar melhora ou piorar.

Ministério da Saúde orienta que primeira dose é imediata!


Uma criança com suspeita de pneumonia, com a indicação médica de antibiótico, deve receber a primeira dose do remédio na própria Unidade Básica de Saúde (UBS), conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde (Programa AIDPI – Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância, 2003).

Além de disponibilizar uma nota técnica, o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 1.820, de 13 de agosto de 2009, que descreve os direitos e deveres dos usuários da saúde, e orienta para o tratamento no tempo certo.  No caso do Antibiótico para criança com Pneumonia o tempo certo é logo depois do diagnóstico médico, na própria Unidade Básica de Saúde.

A Portaria define no  Art. 3º que:
"Toda pessoa tem direito ao tratamento adequado e no tempo certo para resolver o seu problema de saúde.
Parágrafo único. É direito da pessoa ter atendimento adequado, com qualidade, no tempo certo e com garantia de continuidade do tratamento, para isso deve ser assegurado:
I - atendimento ágil, com tecnologia apropriada, por equipe multiprofissional capacitada e com condições adequadas de atendimento;"

Todos os documentos estão disponíveis na Internet, endereço www.rebidia.org.br

Perguntas FrequentesPDFImprimirE-mail

O médico precisa esperar pelo exame de Raio X para afirmar que a criança 

está  com suspeita de Pneumonia e iniciar o tratamento?

Não. Na maioria das pneumonias comunitárias se inicia o tratamento
 imediatamente e se reavalia a situação da criança na Unidade de Saúde
com 24 a 48 horas.


Quando a criança precisa ser internada por pneumonia ela deveria tomar a 

primeira dose na Unidade Básicas de Saúde antes de ser encaminhada para 

a internação?

O tempo entre a transferência, internação e o início de tratamento pode levar
horas. Por isso, recomenda-seque o médico avalie a possibilidade de dar a
primeira dose de antibiótico na Unidade Básica de Saúde antes de encaminhar

para o hospital.


Quando não é possível a presença do farmacêutico nas Unidades Básicas 

de Saúde para dispensação do antibiótico pode haver a supervisão do 

profissional farmacêutico e a entrega ser feita por outro profissional de saúde 

treinado?

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) exige o profissional
farmacêutico em todas as farmácias, porém nas Unidades de Saúde
sem farmácia, mas que dispõe de um conjunto de  medicamentos
supervisionados, não há necessidade.


O que acontece quando a pessoa não faz o tratamento com o antibiótico 

até o fim e não completa as doses definidas pelo médico?

Nesse caso, as bactérias do paciente podem vir a desenvolver resistência
ao antibiótico, o que é um problema de saúde pública, pois o uso
indiscriminado e incorreto de antibióticos vem crescendo a cada dia.


A bula do Antibiótico Solução (Amoxicilina) descreve que o medicamento 

deve ser dissolvido com água filtrada  ou  fervida fria. É possível orientar que 

o Antibiótico pode ser dissolvido com água potável?

Sim. Lembramos que a água de torneira, fornecida pelas empresas de
saneamento, são adequadas para beber e para se diluir os medicamentos.
Não há necessidade de ferver ou filtrar esta água.


Em algumas situações pode haver reações alérgicas ao antibiótico. 

Alguns profissionais de saúde, por não serem médicos, poderiam 

alegar ter receio de dar a primeira dose por temer reações alérgicas?

Essas reações graves embora raras existem. E devido a isso, o correto
é que a primeira dose seja dada em uma unidade básica. Por isso as
Unidades Básicas de Saúde deveriam dispor de insumos
adequados para atender às reações alérgicas na primeira hora após a
aplicação de fármacos. É sempre melhor ter reações no serviço de saúde
que ter em casa.


De que maneira o profissional de saúde pode verificar se a mãe ou o 

responsável entendeu o processo de tratamento?

Pedir que repita tudo o que foi dito anteriormente. Ao utilizar
copinhos ou seringas dosadoras, pedir que aponte até que ponto
deve ser a dose indicada.

Após a primeira dose, como ajustar o tempo para administrar as 

outras doses do antibiótico?

Converse com o médico sobre os intervalos e como adequar o 
horário a partir da primeira dose ministrada na Unidade de
Saúde. Nunca alongar (ultrapassar) o horário estabelecido para o 
antibiótico. Nas primeiras doses é possível diminuir os intervalos, 
para dar mais conforto para criança. Assim é possível evitar acordar 
de madrugada, correr o risco de perder o horário e deixar de fazer o 
tratamento corretamente. O ajuste é feito sempre com a orientação 
do médico.