O Brasil foi citado pela BBC, Bristsh Broadcasting Corporation, emissora
pública de rádio e TV do Reino Unido, como modelo a ser seguido no combate à
mortalidade infantil em um relatório da organização não-governamental Save the
Children, em outubro de 2013. O relatório afirma que o país "é um exemplo, onde o sistemático
fornecimento de imunizações, cuidados de saúde no nível da comunidade e
melhoras na saúde pública permitiram fortes melhoras na sobrevivência de
crianças". As informações estão no site: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/10/131022_savethechildren_relatorio_dg.shtml
Vacinação foi um dos pontos elogiados pelo relatório |
O Brasil não
só excedeu a meta do milênio da ONU, que estabeleceu a redução de dois terços
da mortalidade infantil de 1990 até 2015, como também se manteve abaixo da
marca das 20 mortes por mil nascimentos - o índice considerado como erradicação
pela ONU. O país reduziu seu índice de 62 mortes a cada mil nascimentos, em
1990, para 14, no ano passado.
A série Saúde no Brasil, em que seis
pesquisadores de universidades brasileiras analisam os progressos e desafios da
Saúde de mães e crianças do Brasil, os estudiosos apontam os programas e
iniciativas (como promoção de imunização, aleitamento materno etc) e melhorias
no acesso e cuidados preventivos e curativos de saúde, destacando o papel
preponderante do SUS, do Programa de Agentes Comunitários e da Pastoral da Criança, como grandes
responsáveis pela melhoria.
A melhoria
na educação materna, o aumento do poder aquisitivo da população pobre, a
ampliação substancial da cobertura dos cuidados da saúde materna e infantil, e
em menor grau, a expansão da rede de abastecimento de água e de saneamento
básico, ao possibilitar mudanças na dieta (amamentação e alimentação
complementar) e redução de infecções (especialmente intestinais) têm sido
fundamentais para melhor cuidados das crianças.
Esse estudo
ressalvou, entretanto, a lentidão com que a mortalidade materna vem se
conduzindo.
E também
apontou desafios como a necessidade de avançar ainda mais na questão da
mortalidade infantil, do déficit de altura das crianças e de como alcançar as
populações de mais difícil acesso.
O estudo
cita o microbiologista René Dubos, que há 50 anos disse que “a saúde é uma
miragem que continua a se afastar quanto mais perto pensamos estar”. No Brasil,
novos desafios surgem todos os dias”, concluem os autores.
(Saúde no
Brasil, é uma série de estudos realizados pelos professores: Cesar Vitora,
Estela Aquino, Maria do Carmo Leal, Carlos Augustoi Monteiro, Fernando Barros e
Celia Szwarcwald). Cesar G. Victora, pós-graduado em Epidemiogologia teve a
idéia do artigo e fez um primeiro esboço de cada seção do artigo. Todos autores
trabalharam nas versões posteriores e aprovaram a versão final.)
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